Governadora visita primeiro aterro privado do RN e destaca geração de energia através do lixo

Pioneirismo, reconhecimento e visão de futuro. Estes foram os aspectos que deram o tom da visita da governadora Fátima Bezerra à CTR Potiguar, nesta sexta-feira (17). A comitiva do Governo do Estado também contou com a presença dos secretários de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, João Maria Cavalcanti; Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado e do diretor do Idema, Leon Aguiar. 


A chefe do Executivo estadual comentou o que o investimento representa para o Estado: “É a pauta do século XXI. O país está pagando o preço por causa da conduta equivocada sobre a agenda do meio ambiente. Já o Rio Grande do Norte continua liderando o ranking de produção de energia eólica e agora nós estamos nos posicionando para assumir uma nova posição de vanguarda. Quero parabenizar a CTR Potiguar por apresentar esse projeto com muita solidez e a importância de fazermos nosso papel. Trabalho feito com seriedade, transparência e segurança jurídica para que empreendimentos dessa natureza possam prosperar aqui no RN”, enfatizou Fátima Bezerra. 


A sustentabilidade do empreendimento através da geração de energia limpa a partir da segunda fase da Central foi destacada pelo Diretor da CTR Potiguar, Dâmocles Trinta. A empresa é a única do Nordeste habilitada a participar no Leilão de Energia, com utilização de resíduos para produzir energia. “Quando nós tínhamos a intenção de construir o aterro, nós pensamos evidentemente no investimento, mas pensamos também na sustentabilidade. Hoje, nós pensamos em gás e também em energia. A CTR vai desenvolver um conglomerado de ações dentro dessa cadeia dos resíduos sólidos urbanos”, pontuou. 


Antes da etapa de energia limpa, o aterro contribui com as funções social e ambiental igualmente relevantes, na medida em que impacta a coleta e destinação de resíduos, colaborando ainda, para o desenvolvimento sustentável e geração de emprego e renda na localidade. O prefeito de Vera Cruz, Marcos Cabral, destacou a solução encontrada para o cumprimento das metas das políticas de alojamento dos resíduos sólidos. “A prefeitura recebia solicitações do Ministério Público para adequar a nossa situação sobre alocar o lixo corretamente, agora conseguimos resolver isso, além da geração de renda e emprego em nossa cidade”.


A CTR Potiguar iniciou a operação com o recebimento dos resíduos dos municípios de Vera Cruz, Parnamirim, São José de Mipibu, Várzea e Bom Jesus. O aterro está pronto para receber resíduos dos municípios da Região Agreste e Litoral Sul, cidades em que o turismo faz com que a destinação adequada do lixo seja ainda mais necessária. O secretário do Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, destacou a importância da ampliação da cobertura do manejo e destinação correta do lixo no território potiguar: “Vamos transformar um problema, que é o lixo, em uma solução”. 
Atualmente, o RN é o pior estado do Nordeste em destinação de resíduos. O lixo produzido em 155 cidades do Rio Grande do Norte tem destino inadequado.  A Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, João Maria Cavalcanti explicou que a pasta é responsável pela gestão do Plano Estadual de Resíduos Sólidos, cujas diretrizes são alinhadas ao plano nacional.  “Diante da realidade atual do nosso estado, é inegável a importância de projetos como esse da CTR, que têm como objetivo o controle do lixo e a geração de energia”.


A participação do IDEMA para que o projeto se tornasse realidade foi destacada pelo diretor-geral do órgão, Leon Aguiar: “Esse empreendimento não é de hoje, todos os trâmites foram seguidos adequadamente pela CTR Potiguar desde 2018 com uma licença prévia, em 2019 com a licença de instalação, e agora com a conclusão em 2021 com a licença de operação. A empresa seguiu rigorosamente todas as normativas mais atuais e hoje temos um aterro dos mais modernos que poderíamos imaginar”, disse.


A solução é fazer com que o lixo não seja apenas aterrado, mas que no futuro ele se transforme em energia trazendo soluções para os municípios não só da região Metropolitana, mas ampliando para outras áreas do interior do Estado. “É uma transformação para o Rio Grande Norte. Transformar um problema que é o lixo em uma solução que é gerar energia e emprego”, confirmou o senador Jean Paul Prates.