Empresas reduzem dívidas com melhora da percepção do país

Com o risco-país no menor nível desde maio de 2013, graças à aprovação da reforma da Previdência e à queda de juros, as empresas estão conseguindo níveis inéditos de captação de recursos junto a investidores no mercado doméstico, com taxas mais favoráveis, e aproveitam o momento para reduzir seu endividamento e investir. Em setembro de 2015, o Brasil tinha o 7º maior risco entre 80 países. Hoje, está na 25ª posição em ranking que tem a Argentina no primeiro lugar.

O risco-país do Brasil caiu ontem ao menor nível desde maio de 2013, um mês antes do início da onda de protestos que marcou o início da crise econômica e quando o país ainda tinha o chamado grau de investimento (espécie de selo de bom pagador). Foi a 15ª queda consecutiva do indicador, a maior sequência já registrada, embalada pela aprovação da reforma da Previdência e pelo cenário de queda de juros. Coma melhora na percepção de risco, as empresas estão aproveitando par alevantar recursos acusto menor, reduzir o endividamento e investir.

O indicador é medido pelo credit default swap (CDS), contrato que equivale a um seguro contra eventual calote do país. Ontem, o papel encerrou aos 117 pontos, menor patamar desde 13 de maio. Quanto mais baixo o CDS de um país, mais segurança os investidores veem nele.