Pesquisas da UFRN apontam que falta de políticas públicas é principal fator de emigração no semiárido nordestino

Pesquisa desenvolvidas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte mostra que a junção de fatores econômicos e falta de polícias públicas é principal causa para emigração no semiárido nordestino. Segundo os pesquisadores, a seca, apesar de sempre ser relacionada como o motivo central dessa emigração, não aparece como razão preponderante.

A informação é resultado de uma reunião de estudos que vêm sendo desenvolvidos no Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN. O professor Ricardo Ojima, coordenador desse conjunto de pesquisas, explica que o levantamento foi feito com base em dados de cinco estados: Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e Paraíba. O perfil perpassa por toda essa localidade.

“São mais de 750 municípios que estão incluídos na área pesquisada, o semiárido nordestino Norte”, acrescenta Ojima. A região foi escolhida por apresentar clima muito seco e encontrar diferentes políticas estaduais, desassociadas de uma federação para a outra.

De acordo com o professor, por outro lado programas como o Bolsa Família, Aposentadoria Rural e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além da interiorização do ensino superior, são fatores que contribuem para a fixação dessa população em seus lugares de origem.