No último sábado, numa ação que envolveu o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, e o governador Robinson Faria, o prefeito Carlos Eduardo Alves se deparou com cobranças através de faixas e cartazes, solicitando a convocação dos agentes de endemias.
Muitos dos presentes questionaram a postura do prefeito, alguns chegando a apontar insensibilidade da parte dele perante o momento de emergência nacional e internacional, com a proliferação do mosquito Aedes Aegypti (transmissor da dengue chikungunya e zika), e a falta de ações básicas da prefeitura no tocante ao problema.
Além da não convocação dos agentes de endemias – alegando crise financeira – mesmo após a Prefeitura bancar um carnaval que custou quase R$ 5 milhões aos cofres públicos, a Prefeitura também foi criticada pela sujeira encontrada nas lagoas de captação, que são de responsabilidade do município. Diversas lagoas foram identificadas com sujeira e focos do mosquito transmissor.
No sábado, as cobranças e críticas públicas teriam deixado o prefeito constrangido durante a ação do dia D, o que teria levado o chefe do executivo municipal a deixar antecipadamente a ação, antes do término da participação das demais autoridades envolvidas no trabalho.
“Os agentes de endemias concursados não foram convocados. Isso em um momento de gravidade como esse. O prefeito não tem sentimento de solidariedade. É o prefeito zika vírus”, afirmou um dos concursados sob a condição de anonimato.
No protesto contra o prefeito Carlos Eduardo Alves, houve até apitaço dos agentes de endemias, além de várias faixas. “É um momento crucial, de combate ao mosquito, momento de salvar vidas, e o prefeito fica pousando de cínico, na contramão do mundo inteiro”, concluiu outro aprovado no concurso, que participou do protesto e pediu para não ser identificado para não ser retaliado.
Fonte: Portal Agora RN